O
ESPIRITO ETERNO
Arjuna disse:
Ó Krishma, quem é o Ser Eterno ou o Espírito? Qual a natureza do Ser Eterno? O
que é karma? O que são os seres imortais? E quem são os Seres Divinos? Quem é o
Ser Supremo, e de que modo Ele reside no corpo? Como pode Você, o Ser Supremo,
ser lembrado na ocasião da morte, por aqueles que possuem o controle sobre suas
mentes, Ó Krishna? (8.01-02).
DEFINIÇÃO DE ESPÍRITO SUPREMO,
ESPÍRITO, ALMA INDIVIDUAL E KARMA
O
Senhor Krishna disse: o eterno e imutável Espírito do Ser Supremo é chamado de
Ser Supremo ou o Espírito. O poder inerente da cognição, e desejo do Ser Eterno,
é chamado de natureza ou Ser Eterno. O poder criativo do Ser Eterno que causa a
manifestação das entidades vivas é chamado de karma
(8.03).
O Espírito é também chamado de Espírito Eterno,
Ser Espiritual, Ser Eterno, e Deus em Português; e Brahm, ou Brahm Eterno (nota:
Brahm é também escrito como Brahma e Brahman) em sânscrito. O Espírito é a causa
de todas as causas. A palavra “Deus” é geralmente usada tanto para Espírito como
Espírito Supremo (ou o Ser Supremo), ou base do Espírito. Nós usamos a palavra
“Ser Eterno” para Espírito; e Ser
Supremo. Absoluto e Krishna para o Espírito Supremo nesta
tradução.
O corpo sutil consiste em seis faculdades
sensórias, intelecto, ego e cinco forças vitais chamadas de bioimpulsos (Força
vital, Prana). A alma individual é definida como o corpo sutil sustentado pelo
Espírito. A alma individual é guardada como uma relíquia no corpo físico. O
corpo sutil sustenta o corpo físico ativo e vivo, pelo funcionamento dos órgão
de percepção e ação.
Diferentes
expansões do Ser Supremo são também chamadas de Seres Divinos. O Ser Supremo
também mora dentro dos corpos físicos como o Controlador Divino (Ishvara)
(8.04).
TEORIA DA REINCARNAÇÃO E
KARMA
Aquele que
relembra-se exclusivamente do Ser Supremo, mesmo no momento de deixar o corpo,
na hora da morte, alcança a Morada Suprema; não há dúvida sobre isto
(8.05).
Qualquer que
seja a coisa que alguém relembrar-se quando deixa o corpo no final da vida, ele
a alcança. O pensar em qualquer que seja a coisa permanece durante uma vida
inteira em alguém; a lembrança em apenas uma coisa no final da vida será
alcançada (8.06).
O destino de alguém é determinado pelo
pensamento predominante na hora da sua morte. Mesmo que alguém tenha praticado
devoção e consciência em Deus durante a sua vida, o pensamento de Deus poderá
ser ou não prevalecente na ora da sua morte. Portanto, a consciência de Deus
deve ser continuada até a morte (BS. 1.1.12). Os sábios continuam os seus
esforços, nas suas sucessivas vidas, e, mesmo assim, no momento da morte, eles
poderão falhar na lembrança de Deus. Não
se pode supor ter bons pensamentos na hora da morte se mantivermos más
companhias. Manter a associação com devotos perfeitos, e evitando a companhia de
pessoas com a mente mundana, é o critério para o sucesso na vida espiritual. Não
importa o pensamento que alguém nutra durante a vida, o mesmo pensamento virá na
hora da morte, e determinará o destino futuro. Portanto, a vida deverá ser
moldada semelhante a um estilo que se possa lembrar-se de Deus no tempo da
morte. Deve-se praticar a consciência de Deus em todos os dias da nossa vida,
desde a infância, através do hábito de lembrar-se de Deus, antes de pegar
qualquer alimento, antes de ir dormir, e antes de iniciar qualquer trabalho ou
estudo.
UM MÉTODO SIMPLES DE REALIZAR
DE DEUS
Portanto,
sempre lembre-se de Mim, e faça a suas obrigações. Com certeza, você irá
alcançar-Me, se a sua mente, e o seu intelecto, estiverem sempre focados em Mim
(8.07).
O propósito supremo da vida é lembrar-se todo o
tempo da Personalidade de Deus, do qual se crê, e iremos nos lembrar na hora da
morte. Lembrar-se do Absoluto ou de Deus impessoal, talvez não seja possível
para a maioria dos seres humanos. Um devoto puro é capaz de experimentar o
êxtase da presença pessoal e interior do Senhor, e alcançar a Sua Morada
Suprema, através de sempre lembrar-se d´Ele; vive num constante estado de
anúncio espiritual.
Através da
contemplação em Mim, com uma mente resoluta, a qual é disciplinada pela prática
de meditação, alcança-se o Ser Supremo, Ó Arjuna (8.08).
Conseguimos o despertar espiritual, e a visão
de Deus, por constantemente pensar Nele na meditação, no silencioso repetir dos
Seus Santos Nomes, e na contemplação. O esforço em toda a nossa vida modelará
nosso destino. A prática espiritual é o meio de manter a mente absorta nos
pensamentos em Deus, e fixar-se nos Seus pés de lótus. Ramakrishna disse que
quando desejarmos qualquer coisa, reze-se para o aspecto Deus-Mãe num local
solitário, com lágrimas de sinceridade nos nossos olhos, e os nossos desejos
serão realizados. Ele também disse que deste modo talvez seja possível de se
alcançar a libertação dentro de três dias. Quanto mais intensamente se pratica
uma disciplina espiritual, mais rapidamente alcança-se a perfeição. A
intensidade da convicção e da crença, combinada com profundas lembranças,
inquietações, saudade intensa, e persistência, determina a velocidade do
progresso espiritual. A verdadeira prática do Hatha-Yoga não se trata apenas de
exercícios ensinados nos modernos centros de yoga, mas, também, da consistência,
da persistência, e da insistência na procura da Verdade Suprema.
A auto-realização não é um simples ato, mas um
processo de crescimento gradual, iniciado com determinação, progredindo
gradualmente para o juramento, graça divina, fé, e, finalmente, a realização da
Verdade (YV 19.30). O Ser Supremo não é realizado através de discursos,
intelecto ou estudo. Ele é realizado somente quando, sinceramente, se espera por
Ele com esforço vigoroso. A súplica sincera traz a graça divina que desvela o
Ser Supremo (MuU 3.02.03).
Aquele que
meditar no momento da morte, com a mente firme, e com devoção, no Ser Supremo,
como o onisciente, o mais antigo, o controlador, o menor do mais pequeno, o
maior dos maiores, o sustentador de tudo, o inconcebível, auto-luminoso com o
sol, e transcendental (ou o que está além da realidade material) por trabalhar a
corrente de bioimpulsos (força vital; Prana) elevando-a na região entre as duas
sobrancelhas, através do domínio das práticas de yoga, e segurá-lo ali,
alcança-Me, o Ser Supremo (veja-se, também, os versos 4.29; 5.27; 6.13)
(8.09-10).
Agora eu
explanarei brevemente o processo de alcançar a Morada Suprema, que os
conhecedores dos Vedas chamam de Imutável; dentro da qual os ascetas,
livres do apego, penetram; e a qual e as pessoas que praticam o celibato
desejam. (8.11).
ALCANÇA-SE A SALVAÇÃO PELA
MEDITAÇÃO EM DEUS NA HORA DA MORTE.
Quando
se deixa o corpo físico através do controle de todos os sentidos, focando a
mente em Deus, e os bioimpulsos (força vital; Prana), no cérebro, empregando uma
prática yóguica, meditando em Mim, e emitindo o mantra AUM – o sagrado som
monossilábico do poder do Espírito – alcança-se a Morada Suprema
(8.12-13).
As escrituras dão conhecimento deste lugar, mas
é através da realização direta que o coração interior pode ser alcançado, e a
concha externa (o corpo físico) descartada. A meditação é a via para a
realização interior, e deve ser aprendida, pessoalmente, de um professor
competente. A realização da verdadeira natureza da mente conduz à
meditação.
Uma técnica simples de meditação é descrita
aqui: (1) lave suas faces, olhos, mãos, e os pés, e sente-se num lugar limpo,
quieto, sem muita luz, utilizando-se de qualquer posição confortável, com a
cabeça, pescoço e coluna mantidos na vertical. Recomenda-se não usar incenso ou
música durante a meditação. O horário e o local da meditação devem ser fixos.
Siga os bons princípios da vida por pensamentos, palavras e ações. Alguns
exercícios de yoga são necessários. À meia-noite, pela manhã, e ao entardecer,
são os melhores horários para meditar, entre 15 e 25 minutos todos os dias; (2)
lembre-se de qualquer nome ou forma de Deus personificado de que você crê, e
peça a Ele ou Ela por Suas bênçãos; (3) feche seus olhos, incline levemente a
sua cabeça para frente, e faça 5 ou 10 respirações profundas e lentas; (4) fixe
a sua contemplação, mente e sentimentos, no centro do peito, o assento do
coração causal, e respire lentamente. Mentalmente cante: “So” quando você
inspirar e “Hum”, quando você expirar. Pense como que a respiração em si mesma
fizesse estes sons “So” e “Hum” (Eu sou este Espírito). Visualize mentalmente, e
siga o roteiro da respiração indo através das narinas, subindo em direção a
região das duas sobrancelhas, e descendo para o centro do peito ou pulmões.
Fique alerta, e sinta a sensação criada pela respiração no corpo, enquanto você
acompanha a respiração. Não tente controlar ou conduzir a sua respiração; apenas
acompanhe a respiração natural; (5) direcione a vontade em direção ao pensamento
de unir a si mesmo dentro do espaço infinito do ar que você está respirando. Se
a sua mente desviar-se do acompanhamento da respiração, reinicie do passo 4.
Seja regular, e persista sem adiamentos.
O som do “OM” ou “AUM” é uma combinação de três
sons primários: A, U, e M. Ele é a origem de todos os sons que se pode
expressar; portanto, Ele é o som adequado do símbolo do espírito. Ele é, também,
o impulso primevo que move nossos cinco centros nervosos que controlam as
funções corporais. O som produzido devido ao rápido movimento da Terra, dos
planetas e das galáxias é AUM. Yogananda conclama: “´OM´ o som da vibração do
motor cósmico”. A Bíblia diz: no começo era o verbo (OM, Amen, Allah), e o verbo
estava com Deus, e o verbo era Deus (João, 1.01). Esta vibração de som cósmico é
escutada pelos yogis como um som, ou uma mistura de sons, de várias
freqüências.
A meditação no OM (Omnica), mencionada aqui
pelo Senhor Krishna, é muito poderosa; é uma técnica sagrada usada pelos santos
e sábios de todas as religiões. Resumidamente, o método omnico induz a mente
penetrando-a, pela contínuo reverberar do som AUM; quando a mente fica
totalmente absorvida na repetição deste som divino, a consciência individual
une-se dentro da Consciência Cósmica.
Um método simples de contemplação é dado a
seguir pelo Senhor Krishna, para aqueles que não conseguem o caminho
convencional de meditação discutido acima:
Eu
sou facilmente alcançado, Ó Arjuna, por aquele que é sempre leal, devotado, e
que sempre pensa em Mim, e cuja mente não vai para outro lugar
(8.14).
Não é uma tarefa fácil lembrar-se sempre de
Deus. É necessário possuir uma base para lembrar de Deus o tempo todo. Esta base
pode ser um intenso amor por Deus ou uma paixão por servi-lO, por intermédio do
serviço humanitário.
Após
alcançar-Me, as grandes almas não mais voltam a nascer neste transitório mundo
miserável, porque elas alcançaram a mais elevada perfeição
(8.15).
O nascimento humano está repleto de sofrimento.
Mesmo os santos, sábios, e Deus na forma humana, não podem escapar dos
sofrimentos do corpo e da mente humana. Têm-se que aprender a sofrer e trabalhar
em direção a salvação.
Os habitantes
de todos os mundos – inclusive o mundo do criador (Senhor Brahma) – esta sujeito
às misérias de repetidos nascimentos e mortes. Mas após alcançar-Me, Ó Arjuna,
não mais se volta a nascer (veja, também, 9.25) (8.16).
TUDO NA CRIAÇÃO É
CÍCLICO
Aquele que
conhecer que a duração da criação é de 4.32 bilhões de anos, e que a duração da
destruição é, também, de 4.32 bilhões de anos, eles saberão dos ciclos de
criação e destruição (8.17).
Desta forma, um ciclo criativo completo é de
8.64 bilhões de anos solares. A duração parcial da dissolução, durante a qual
todos os planetas celestiais, a Terra, e os planetas inferiores são aniquilados,
e descansam dentro do abdome do Brahman, é de 4,32 bilhões de anos. A destruição
completa realiza-se no final do Brahmaa (ou ciclo criativo) a duração da vida de
100 anos solares, ou 8.64 bilhões de anos x 30 x 12 x 100 = cerca de 311
trilhões de anos solares chamados de Kalpa (veja o verso 9.07), de acordo com a
Astrologia védica. Neste tempo, a criação material completa entra dentro da
terceira essência da manifestação parcial do Absoluto – chamada de MahaaVishnu
(ou a origem e o fim total da energia material) – e é aniquilada. Durante a
dissolução completa, diz-se que todas as coisas descansam no ventre do Senhor
(MahaaVishnu) até o começo do próximo ciclo da criação. Na segunda manifestação,
as energia do Senhor penetram dentro de todo o universo para criar e dar suporte
para toda a diversidade. E na terceira manifestação, o Absoluto espalha-se como
a superalma que a tudo penetra nos universos, e fica presente no interior dos
átomos em cada uma das células, em tudo, visível ou invisível.
Todas as
manifestações saem da Natureza material primária durante o ciclo criativo; e
elas mergulham dentro da Natureza material primária durante o ciclo destrutivo
(8.18).
A
mesma multidão de seres envolve-se dentro da existência repetidademente com a
chegada do ciclo criativo, e são aniquiladas, inevitavelmente, com a chegada do
ciclo destrutivo (8.19).
De acordo com os Vedas, a criação é um começo
sem fim e infinito ciclo, e não há coisa semelhante com a primeira criação.
Há outra
existência transcendental eterna – superior a natureza material inconstante –
chamada de “Ser Eterno” ou Espírito, que fez tanto o imperecível como os seres
perecíveis. Esta existência é, também, chamada de Morada Suprema. Aqueles que
alcançam a Morada Suprema não voltam a nascer novamente (8.20-21).
DOIS CAMINHOS BÁSICOS DE
PARTIDA DO MUNDO.
Esta Morada
Suprema, Ó Arjuna, é alcançada por inabalável devoção a Mim; dentro da qual
todos os seres existem, e pela qual o universo inteiro é penetrado (veja,
também, 9.04 e 11.55) (8.22).
Ó Arjuna,
agora Eu irei descrever os diferentes caminhos de partida pelos quais, durante a
morte, os yogis tornam ou não tornam a voltar (8.23).
Fogo, luz, as
horas do dia, o brilho da lua cheia, e os seis meses do solstício de verão no
norte – partindo pelo caminho destes controladores celestes, os yogis que
conhecem o Ser alcançam o Supremo (8.24).
De acordo com Yogananda, este verso é
considerado um dos mais misteriosos e mal compreendidos do Bhagavad-gita.
Existem milhares de nervos sutis e grosseiros (nadis) no corpo humano. Somente
um deles, o Sushumna Nadi, vai em direção à abertura do cérebro no sétimo centro
de energia (Chakra). “Se durante a morte a energia vital (Prana) perpassa o
corpo através do Sushumna Nadi, pelo processo virtuoso da meditação nos centros
de energia (Chakras), a entidade viva atinge o Supremo e alcança a salvação”
(ChU 8.6.060, KaU 6.16, BS 4.2.17).
Qualquer um que conheça como se medita nos
centros de energia (Chakras) torna-se virtuoso e puro, e não se contamina com os
pecados, do mesmo modo que uma flor de lótus não é molhada pela água (ChU
5.10.10). Isto é conhecido como sendo a emancipação gradual da alma dos centros
inferiores do corpo através do caminho que conduz aos controladores celestiais.
O que aqui aparece como referindo-se ao momento auspicioso da partida da
entidade viva é somente o que é presidido pelas deidades dos vários centros de
energia no plano astral do corpo. O reino do paraíso está dentro de todos nós.
Todas as esferas do macrocosmo estão representadas no nosso corpo, na forma de
microcosmos, como os sete chakras, ou centros de energia astral. Os
controladores celestes – diferentes aspectos do intelecto cósmico – que governam
as forças da natureza, também residem nestes centros astrais do corpo, e
controlam as forças que trabalham por sobre ele.
O Upanishad (ChU 5.10.01), também se refere a
um super-humano ou administrador celeste. De acordo com os gurus do KriyaYoga,
este super ser é o poder de Kundalini. Esta interpretação é apoiada pelo
Upanishad. Ramakrihsna também dizia que a consciência espiritual não é possível
sem o despertar de Kundalini. Quando a mente força para cima o poder de
Kundalini e alcança o sétimo Chakra (energia central) ela se une com o Espírito
Universal no oitavo plano cósmico astral. As escrituras yóguicas dizem:
“Conquanto o poder de Kundalini permanecer adormecido nos centros inferiores,
não se pode lograr sucesso através de práticas espirituais, como a meditação e a
adoração.
A neblina, a
noite, a lua nova, e os seis meses de solstício do sol no sul – partindo nestes
caminhos, a reta pessoa chega ao paraíso (lunar), e volta a nascer na Terra
(8.25).
O destino da pessoa reta, que
trabalha para desfrutar dos frutos do seu trabalho, é descrito no verso acima.
Aqueles que alcançam o paraíso lunar reencarnam quando os frutos de suas
virtuosas ações se exaurem (MuU 1.02.09). Se a alma sai por qualquer outro
caminho do que o Sushumna Nadi, não se alcança a liberação, e se experimenta
repetidos nascimentos e mortes.
O
Caminho da luz da prática espiritual, o auto-conhecimento, e o caminho da
escuridão do materialismo e ignorância, são dois caminhos de pensamentos eternos
neste mundo. O primeiro conduz à salvação, e o segundo ao renascimento dos seres
humanos (8.26).
O caminho da transmigração talvez seja
englobado no caminho da reencarnação, ou talvez ele possa ser chamado de
terceiro caminho. Os Upanishads descrevem este terceiro caminho como sendo o
caminho de criaturas inferiores, semelhantes aos animais e os insetos. Alguém
que seja injusto, que não é qualificado para um dos dois caminhos, transmigra
dentro de gerações inferiores, como a dos animais, pássaros, e insetos (BrU
6.02.15-16). A alma imortal desvia-se interminavelmente através do oceano da
transmigração, feita em 8.4 milhões de diferentes espécies de vida nesta
planeta. O bom Senhor, na Sua doce bondade e misericórdia, e sem qualquer causa,
concede o precioso corpo humano que é como uma balsa para carregar-nos através
do oceano da transmigração (TR 7.43.02-04). Considere-se que nós somos este
presente de Deus, e que nós nos sejamos dignos deste presente de Deus. É dito,
também, que o nascimento humano, a fé em Deus, e a ajuda de um guru real,
somente nos chega por Sua graça. Nossa presente vida fornece a oportunidade para
a preparação da próxima vida. De acordo com as atividades neste vida, pode-se
pegar uma promoção ou a salvação, um rebaixamento ou transmigração, ou outra
chance para a salvação pela reencarnação como um ser humano.
O CONHEMENTO TRANSCENDENTAL
CONDUZ À SALVAÇÃO
Conhecendo
estes dois caminhos, Ó Arjuna, um yogi não se confunde de nenhuma maneira.
Portanto, deve-se ser resoluto no alcançar a salvação – o objetivo do nascimento
humano – todo o tempo. (8.27).
Aquele que
conhece tudo isto que está além, recebendo os benefícios do estudo dos Vedas,
realização de sacrifícios, austeridades e caridade, alcança a salvação
(8.28).
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